Jogos Didáticos do Geempa


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Letras em pedaços


Alfabeto móvel





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Baralho numérico





Baralho alfabetizador

Estudos Geempianos

Quarta-feira, dia 21 de julho de 2010, professores passaram estudando na sede do GEEMPA, em Porto Alegre.
Durante esse dia de estudos, professores dos primeiros e segundos anos, puderam expressar suas dúvidas, angustias e, até mesmo, a  preocupação com os alunos das turmas de 2º anos que ainda não estão alfabetizados; assim como alunos de 1º anos que não avançam nas escada de aprendizagens.
Os que puderam comparecer e participar em grupos áulicos tiveram um dia de estudos que contemplou a análise das escadas por níveis de aprendizagens; a constituição multisseriada de uma turma com alunos alfabetizados e não alfabetizados e suas principais dificuldades;fundamentos teóricos do pós-construtivismoe o planejamento por niveis de aprendizagens.

    Todos somos inteligentes como ponto de partida

    Segundo a Revista Veja nº 2171 de 30 de junho de 2010, um grupo de especialistas acaba de formular um conjunto de propostas bem práticas para melhorar o ensino no Brasil. O objetivo do documento, que será entregue aos candidatos à presidência, é tornar o debate menos ideológico e mais racional. São sete propostas que enfocam a gestão das verbas destinadas para a educação, elaboração de um currículo nacional unificado, flexibilização do ensino médio, autonomia aos diretores, formação prática aos professores, prêmio aos bons professores e ampliação da jornada escolar.


    É preciso dizer que todas elas são necessárias. E se todas elas juntas, sincronicamente, fossem postas em prática, certamente se elevariam os índices globais de aprendizagem nas escolas. Só que, em educação, mais do que a média, importa é a totalidade, é o direito sagrado de cada um ter acesso às riquezas dos conhecimentos. E para isso, é imprescindível um passo corajoso: rever as bases teóricas sobre as quais se apoia a prática docente.

    Rever as bases teóricas implica em mudar a prática, mexer no dia-a-dia escolar, em sua rotina e em sua estética.

    Um dos aspectos de uma nova base teórica para o ensino é de que aprender é construir conhecimentos na interlocução com os outros e com seus sistemas de valores, isto é, com uma cultura. O foco da preocupação docente muda do produto (conhecimentos adquiridos) para o processo da sua aquisição.

    E mais, fundamentalmente, esta mudança só será efetiva se ela concretizar a confiança de que a construção dos conhecimentos é possível para todos, de que todos somos inteligentes. Não como consequência, mas como princípio democrático, como ponto de partida de um ensino justo e igualitário.

    Elevar índices é apenas uma exigência menor para a educação, ensinar a todos é o único e válido objetivo face ao alunado que diariamente aguarda a ação dos professores.

    Helpdesk

    O '' novo'' em nossas vidas, muita vezes nos assustam, mas que não podemos deixar passar as oportunidades que nos são dadas, temos que enfrentar os desafios.

    Contribuições à Pratica Pedagógica


                                                                (Texto elaborado pela Equipe Letra e Vida-CENP)

    Hipóteses de Leitura

    Hoje é possível saber que, assim como as hipóteses sobre como se escreve são contribuições originais das crianças, a distinção entre o que está escrito e o que se pode ler também resulta de uma elaboração do aprendiz. Isso não significa que as informações recebidas tanto dentro como fora da escola deixem de ter um papel nesta construção,  e sim que a compreensão de que se escreve cada seguimento do que se fala, por exemplo, não é passível de  transmissão direta nem é, como se pensava, evidente por si mesma.
     Mas o que, de fato, saber sobre a distinção entre o que está escrito e que se pode ler elaborada pelo aprendiz contribui para a prática pedagógica?           
    As informações sobre as “ hipóteses de leitura” indicam que:
    1-   As idéias dos alunos sobre o que está escrito e o que se pode ler evoluem de acordo com as oportunidade de contato com a escrita; portanto, promover variadas situações de leitura- em que os alunos participem de forma ativa, ou testemunhem atos de leitura e escrita como parte interessada- favorece a conquista da correspondência exaustiva entre os seguimentos do enunciado oral e os seguimentos gráficos.
    2-   Ler em voz alta uma oração ou um texto marcado oralmente de forma artificial as fronteiras de cada um dos seguimentos escritos, ou solicitar que os alunos pintem os espaços entre as palavras (como se eles tivessem dificuldades para perceber o “vazio” que separa graficamente as palavras) não garante sua compreensão de que tudo o que foi dito deve estar escrito, e escrito na mesma ordem emitida. As informações fornecidas pelo professor são processadas pelo aprendiz de acordo com suas próprias concepções. Em outras palavras: os alfabetizandos não possuem problemas de percepção quando não compreendem esse fato tão óbvio ao olhar alfabetizado - o de que tudo o que se diz deve estar escrito na mesma ordem da emissão. Mas a conceitualização que possuem ainda não dá conta da questão, e avançarão na medida em que tiverem oportunidade de participar em situações de aprendizagem que demandem refletir sobre o que deve estar escrito em cada “ pedaço” dos textos.
    3-   Oferecer textos que os alunos conhecem de cor ( parlendas, poesias, canções, quadrinhas etc) e solicitar que acompanhem a leitura indicando com o dedo costuma ser uma boa situação  para que possam reorganizar suas idéias sobre o que está escrito e o que se pode ler. Solicitar que localizem neses textos determinados substantivos, adjetivos, verbos e até “partes pequenas” – artigos, preposições etc- pode ser uma boa intervenção por parte do professor. Por exemplo, ao realizar uma atividade de leitura de uma quadrinha ou canção que as crianças sabem de cor, é interessante que, enquanto elas vão dando conta de localizar  as palavras que acreditam estarem escritas, o professor vá propondo a localização de outras mais “difíceis”. Obseve a quadrinha abaixo:
    PIRULITO QUE BATE BATE
    PIRULITO QUE JÁ BATEU
    QUEM GOSTA DE MIM É ELA
    QUEM GOSTA DELA SOU EU
    Alem de pedir para localizar “pirulito” e de perguntar com que letra começa ou termina, é possível propor inúmeras questões para os alunos pensarem. Pode-se notar que há inúmeras palavras repetidas. Para crianças que ainda não avançaram muito em direção á idéia de que tudo o que se lê precisa estar escrito, isso soa absurdo. Mas, como as dificuldades são de ordem conceitual, e não perceptual, salta-lhes aos olhos que existem vários “pedaços” idênticos. Mais precisamente cinco pares. Quatro se repetem na mesma posição, no verso seguinte e um (Bate) no mesmo verso. Apoiar o esforço dos alunos para descobrir o que está escrito em cada par e em cada um dos outros pedaços é a tarefa do professor. Lançando uma questão de cada vez, analisando as respostas para formular a seguinte e, dialogando, ir avançando com eles.
    4-   O trabalho com listas ( de animais, brincadeiras preferidas, ajudantes da semana etc) também é adequado na fase inicial da alfabetização, pois além de ser um tipo de texto que vê de encontro à idéia das crianças de que só os nomes estão escritos, permite que elas, diante de uma situação de leitura de lista, antecipem o significado de cada item, guiadas pelo contexto((animais, brincadeiras etc) e, na situação de escrita de lista, concentrem na palavra e reflexão sobre quais letras usar, quantas usar, em que ordem usar.
    5-   Iniciar a alfabetização pelas vogais e palavras como “ ovo, uva, pé, em lugar de facilitar, pode acabar dificultando a aprendizagem dos alunos. Essa escolha didática desconsidera que, no início de seu processo, os alfabetizandos acreditam que palavras com poucas letras não podem ser lidas. Portanto, centrar a fase inicial da alfabetização em atividades com esse tipo de palavras- tidas como fáceis- significa caminhar na contramão das idéias dos aprendizes.
    6-   O conhecimento das “hipóteses de leitura” n ao deve se transformar em um recurso para categorizar os alunos, mas sim estar a serviço de um planejamento de atividade que considere as representações dos alunos e atenda suas necessidades de aprendizagem.
    7-   É preciso cuidado para não confundir hipóteses de leitura com estratégias de leitura: são coisas diferentes. As idéias que as crianças têm a respeito do que está escrito e do que se pode ler, isto é, as hipóteses de leitura, são de natureza conceitual. Já as estratégias de  leitura- antecipação, inferência, decodificação e verificação- são recursos que os leitores- todos, tanto os iniciantes como os competentes- usam para produzir sentido enquanto lêem um texto. São estratégias de natureza procedimental, o que significa que são constituídas e desenvolvidas em situações de uso.
    8-   É fundamental desfazer um equívoco generalizado. Muitos professores pensam que as conhecidas hipóteses de escrita- pré-silábica, silábica, alfabética- são também hipóteses de leitura. Não há fundamento para dizer que um aluno é, por exemplo, sil´bico na leitura. É importante que os professores compreendam que, quando um aluno escreve IOA e, solicitado a ler, aponta I ( para PI), O ( para PO), A ( para CA), ele está explicando o que pensou enquanto escrevia. Está explicando sua hipótese de escrita. Está justificando sua escrita. O que poderíamos chamar de hipóteses de leitura são as soluções que o aluno produz quando solicitado a interpretar um texto escrito por outra pessoa, como é possível observar no programa O que está escrito e o que se pode ler.

    Festas Juninas


    Antonio Augusto Fagundes
    Curso de Tradicionalismo Gaúcho
    Martins Livreiro Editor - 1995

    OS NÍVEIS DA ALFABETIZAÇÃO


    PS1→ PRÉ-SILÁBICO I
     

    O aluno  escreve com desenhos. as letras não querem dizer nada para ele. a professora pede que ele escreva "bola", por exemplo, e ele desenha uma bola.


    PS2 → PRÉ-SILÁBICO II



    O aluno já sabe que não se escreve com desenhos. Ele já usa letras ou, se não conhece nenhuma, usa algum tipo de sinal ou rabisco que lembre letras.
    Nesse nível o aluno ainda nem desconfia que as letras possam ter qualquer relação com os sons da fala. Ele só sabe que se escreve com símbolos, mas não relaciona esses símbolos com a língua oral. Acha que coisas grandes devem ter nomes com muitas letras e coisas pequenas devem ter nomes com poucas letras. Acredita que para que uma escrita possa ser lida deve ter pelo menos três símbolos. Caso contrário, para ele, “não é palavra, é pura letra”.

    S → SILÁBICO


    O
    aluno percebe que as letras representam os sons da fala, mas pensa que cada letra é uma sílaba oral. se alguém lhe pergunta quantas letras é preciso para escrever “cabeça”, por exemplo, ele repete a palavra para si mesmo, devagar, contando as sílabas orais e responde: três, uma para “ca”, uma para “be” e uma para “ça”.

    A → ALFABÉTICO


    O aluno compreendeu como se escreve usando as letras do alfabeto. descobriu que cada letra representa um som da fala e que é preciso juntá-las de um jeito que formem sílabas de palavras de nossa língua.

    Futebol e educação

    "Se além do domínio da técnica, em qualquer atividade, ainda tivermos um olhar mais amplo do horizonte, só podemos ganhar com isso"

    por Silvio Sano
    04.12.2007 
     
    Acho que algumas pessoas, principalmente os amantes do futebol, não irão concordar muito comigo a respeito de minha opinião em relação ao resultado de um recente jogo de nossa seleção nas eliminatórias da etapa sul-americana para a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Foi contra o Uruguai. O resultado foi a nosso favor (2 a 1) e realizado no estádio do Morumbi, em São Paulo.
    Pois é, achei injusto… aos uruguaios. Ao mesmo tempo, até para me defender dos apressadinhos, antecipo e afirmo o óbvio: como brasileiro, lógico que gostei do resultado.
    Mas, como amante do bom espetáculo e da justiça, para mim, o resultado não atendeu a este último item. No entanto, muitas conclusões e até consolidações de pensamentos tirei… desse jogo de futebol. Como a valorização do estudo, de que a formação educacional seja realmente imprescindível a todos. Até já escrevi a respeito neste mesmo espaço, com o título “Estudar, apesar de tudo”. E nesse jogo, isso ficou claro para mim, mais uma vez (?!!!).
    O que tem a ver um jogo de futebol com o estudo?! Calma, calma… explico.
    Para começar, é necessário lembrar, para quem não sabe, que o Uruguai tem índice de analfabetismo quase nulo e uma das rendas “per capita” mais altas da América Latina. E isso não é de hoje. Aliás, foi até melhor antes. Até a década de 1960, chegou, inclusive, a ser chamado de “Suíça sulamericana”, devido ao seu perfil de país desenvolvido, com altos índices sociais e estabilidade política. E só pra recordar, já que falamos também de futebol, em 1950, ou seja, ainda em sua época áurea, a seleção uruguaia ganhou a Copa daquele ano, bem em cima de nós e… no Maracanã! Pode? Pelo visto… E será que a explicação dessa tragédia também já não estaria aí?
    “O Brasil ocupa a nona posição no ranking de países com maior taxa de analfabetismo da América Latina e do Caribe… perde para Haiti, Nicarágua, Guatemala, Honduras, El Salvador, República Dominicana, Bolívia e Jamaica em número de pessoas que não sabem ler nem escrever…” (Folha On Line – 28/09/2007).
    Imagino que alguns dos queridos leitores ainda não devem ter entendido essa minha estranha e insistente associação. Pois bem, voltemos ao recente jogo contra o Uruguai. Quem assistiu, imparcialmente, percebeu o amplo domínio do jogo por parte dos uruguaios. Tinham mais organização, raciocínio individual, coerência, além de controle emocional. E quando, somado a isso, tem também, individualmente, qualidade técnica, o coletivo se sobrepõe às genialidades individuais que, pelo próprio adjetivo já indica… são poucos. Foi o que ocorreu. Ganhamos, mas fomos dominados o tempo todo pela inteligência aliada à técnica do adversário. Ou seja, se além do domínio da técnica, em qualquer atividade, ainda tivermos um olhar mais amplo do horizonte, só podemos ganhar com isso.
    Se bem que, às vezes, não… no placar, né.